O Governo do Estado de São Paulo por meio fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza tem anunciado durante duas coletivas que que doará cestas básicas à famílias carentes. O anúncio mais parece uma propaganda das marcas dos produtos do que propriamente um programa alimentar.
O convênio entre suas secretarias estratégicas e parcerias com grandes empresas tem viabilizado a arrecadação, montagem e distribuição. Além disso, está em vigor a distribuição do “Programa Merenda em Casa” no valor de R$ 55 para famílias de alunos que dependem da alimentação escolar.
Em Guarulhos, a prefeitura anunciou também na semana passada, a ampliação de distribuição de cestas básicas para as famílias de alunos das escolas municipais. Além disso, tem mencionado doações de empresas e por meio dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) distribue cestas básicas emergenciais às famílias em vulnerabilidade social.
Mas, de acordo com Anselmo Pires, coordenador do Movimento de Luta por Moradia (MLT) que anda por muitos bairros de Guarulhos e conhece a realidade de comunidades carentes. E descreve, o que segundo ele é o perfil das pessoas mais atingidas pela atual crise.
“Domésticas, pedreiros, migrantes, que está sem nada, perdeu trabalho e está vivendo de doações de ONGs, Igrejas e Movimento. Mas, não é o suficiente, as pessoas estão acostumadas a ganhar seu sustento com próprio suor e hoje dependem da ajuda dos outros”.
A mesma versão é confirmada por Gilmar Santos, líder nacional da mesma frente e do Centro de Defesa do Trabalhador. Santos relata que vê pouca informação efetiva que ajude as pessoas a saber como e onde retirar aquilo que é de direito delas.
“O que você observa em grande parte da cidade é famílias morando em situação precária, com muitas crianças, geralmente autônomo e o ganho diário era para comer, não existe reservas, sem trabalho e sem dinheiro, tudo fica mais complicado, eu vejo gente desesperada”.
Mulher, 50 anos, mora sozinha, mãe de três filhos, sendo dois presidiários, vive da venda de produtos domésticos e de beleza, mas, reclama que o auxílio emergencial do governo federal ainda não chegou à suas mãos. A cesta básica que recebeu de uma igreja evangélica no fim do mês passado já acabou, ela vive agora de mantimentos doados por amigos e vizinhos.