O Festival de Teatro Comunitário Panamáerica Utópica chegou ao fim na noite da última terça-feira (19), depois de cinco dias seguidos com intensa programação teatral gratuita, que aconteceu em diferentes regiões de Guarulhos, no Bosque Maia, Vila Galvão, Jardim Tranquilidade, Vila Carmela, Parque São Miguel, Vila Paraíso, Jardim Ponte Alta, Adamastor Centro e Pimentas.
No encerramento, que aconteceu no Salão de Artes do Adamastor Centro, o coletivo Costura apresentou Yara e, na sequência, os equatorianos do Teatro Popular Del Ecuador trouxeram o espetáculo Memórias. Para fechar o Festival com muita festa e animação, o grupo de forró pé de serra Os Passageiros e a artista Rosane Brambilla Trio fizeram show de encerramento na Casa de Cultura Zazu.
Nesse período, o Festival contou com a participação de cerca de 30 grupos, que somaram 34 apresentações, um total de mais de 40 horas de espetáculos e um impacto direto em aproximadamente 3 mil pessoas, que circularam entre os nove espaços culturais da cidade por onde o evento passou.
Desde a realização da 1ª edição em 2017, quando Guarulhos foi um dos três municípios a receber o Festival, ao lado de Atibaia e São Paulo, o objetivo de formar plateias e promover o acesso democrático ao teatro por meio de mostras de espetáculos com apresentações de companhias nacionais e internacionais, se estreitou.
No ano passado, o Festival passou a ser realizado nos mesmos moldes e ideais democráticos de participação comunitária, ganhando força com a concentração dos espetáculos que passaram, a partir de então, a serem realizados somente em Guarulhos.
Apoio
Para garantir a realização do Festival, a Prefeitura de Guarulhos ofereceu todo o apoio e suporte de comunicação e divulgação, além de estrutura com alojamento e alimentação para os artistas, suporte de logística, agenda de espaços, acompanhamento e acolhimento. “Tudo isso faz o Festival crescer mais e mais, projetando o nome da cidade de Guarulhos para fora do circuito nacional. Já fomos sondados por grupos europeus como da Itália, Espanha e França, que manifestaram interesse em participar”, comemora o servidor Paulinho Trewasse.
Diante de inúmeros desafios que precisam ser superados para que o festival se fortaleça, Pamela Costa, atriz e produtora executiva do grupo guarulhense C.U.C.A, faz o contraponto ao pontuar a valiosa diversidade de grupos e linguagens durante o Festival.
“O Panamérica Utópica favorece o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre os artistas locais com os grupos internacionais e de outras regiões do Brasil. Isso permite que tanto o público como os elencos possam conhecer trabalhos bastante originais e autênticos, permeados por diferentes linguagens artísticas como a narrativa, a dança, a música, a luz que compõem o espetáculo teatral”, vibra Pamela.
A edição 2019 destacou ainda a intensa participação do Teatro Escola 360, com seis espetáculos que mexeram com o imaginário dos espectadores e mostraram o talento dos artistas guarulhenses. O apoio da Escola 360 foi essencial para garantir a realização dos espetáculos nos CEUs da cidade, garantindo espaços adequados ao porte do evento.
Para o secretário de Cultura, Vitor Souza, é necessário pensar em ações para projetar e impulsionar o Festival em suas próximas edições. “O Panamérica Utópica tem enorme potencial, uma ferramenta cultural bastante importante para dinamizar a relação da cidade com diferentes expressões artísticas que ecoam a partir da linguagem do teatro”, observa.
Para Vitor, a localização privilegiada da cidade, que abriga o Aeroporto Internacional de São Paulo, viabiliza a realização de festivais com as características do Panamérica Utópica, considerando a quantidade de pessoas de destinos latino americanos que visitam a cidade diariamente, em trânsito para outras regiões ou a negócios no município e na Capital.
Fonte: PMG
Foto: Camila Rhodes