O Governador João Dória anunciou nesta sexta-feira (7) o recebimento do contrato de cessão assinado entre a concessionária Move São Paulo e a Acciona. Em 45 dias, as providências internas para o cumprimento dos requisitos legais necessários e assinatura do documento definitivo para a retomada das obras em 2020 será acertado.
De acordo com o Governador até o momento, a Linha 6-Laranja é a maior obra de Parceria Público-Privada, com R$ 13 bilhões de investimento privado. A Linha 6-Laranja do Metrô terá 15,3 km e ligará a região de Brasilândia e Freguesia do Ó à região central de São Paulo, atendendo mais de 630 mil passageiros por dia. O trajeto será feito em até 23 minutos – atualmente, o tempo médio é de 1h30 por meio de ônibus.
O traçado completo é composto pelas seguintes estações: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba-Hospital Vila Penteado, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Pompeia, Perdizes, Cardoso de Almeida, Angélica, Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim. O trecho ainda facilitará a integração com a linha 1-Azul, do Metrô, 4-Amarela da concessionária ViaQuatro e 7-Rubi e 8-Diamante, ambas da CPTM.
Chamada de linha das universidades, desde o início da implantação do trecho, houve aporte R$ 694 milhões para pagamento de obras civis e R$ 984 milhões para pagamento das desapropriações de 371 ações. Atualmente, não há pendências do Governo do Estado com a Move São Paulo que impeçam a retomada das obras pela Acciona.
Histórico
A construção da Linha 6-Laranja teve início em janeiro de 2015 e, em 2 de setembro de 2016, por decisão unilateral, a Move São Paulo informou a paralisação integral das obras civis. A concessionária alegou dificuldades na obtenção de financiamento no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), especialmente pelo envolvimento das empreiteiras brasileiras na Operação Lava Jato.
Em novembro de 2019, a conclusão da caducidade foi estendida para 9 de fevereiro deste ano e o prazo permitiu que as negociações fossem concluídas. A Move São Paulo permaneceu responsável pela conservação e preservação da segurança dos canteiros de obras e dos imóveis vinculados à concessão. Agora, um novo decreto permitirá ao Estado analisar a documentação entregue para efetivar a anuência definitiva da aquisição.