Jair Bolsonaro irá promover mudanças na Esplanada dos Ministérios. De acordo com os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de São Paulo, o presidente convidou o general Walter Braga Netto, atual chefe do Estado-Maior do Exército, para assumir a Casa Civil.
Assim, Onyx Lorenzoni, hoje à frente da pasta, deve ser transferido para o Ministério da Cidadania, e Osmar Terra, demitido. Netto comandou a intervenção em meio à crise de segurança pública no Rio de Janeiro em 2018, no governo Michel Temer.
As mudanças ocorrem após denúncias envolvendo o Ministério da Cidadania, comandando por Terra. No final de semana, O Estado de São Paulo revelou que a pasta contratou a Business to Technology (B2T), empresa suspeita de ter sido usada para desvio de R$ 50 milhões no extinto Ministério do Trabalho.
Segundo a reportagem, o ministério ignorou alertas sobre suspeitas de fraudes feitas por órgãos de controle e assinou um contrato milionário com a empresa. Terra precisou dar esclarecimentos a Bolsonaro. A B2T foi alvo da Operação Gaveteiro, deflagrada na semana passada pela Polícia Federal.
Já Onyx vinha assistindo ao esvaziamento de seu ministério. Em junho do ano passado, o ministro perdeu a articulação política para o secretário-geral de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, após queixas de parlamentares sobre o relacionamento da pasta com o Palácio do Planalto.
No final do último mês, o ministro também perdeu o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para o ministro da Economia, Paulo Guedes. A crise na Casa Civil teve início após a demissão do número dois de Onyx, José Vicente Santini, pelo uso de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em viagem à Índia e à Suíça. Bolsonaro classificou a atitude como “inadmissível” e disse que o assessor deveria ter usado um voo comercial, assim como outros ministros.